domingo, 9 de outubro de 2011

Rock in Rio 2011: o desfecho


Gabriela Passy
Dia primeiro de outubro. Pela manhã, aquele sentimento de “Nossa, já outubro?!” invadia as cabeças de muitos cidadãos pacatos enquanto o leite girava no microondas. Enquanto isso, muitos “loucos” se preparavam para ocupar a Cidade do Rock, a fim de assistir ao penúltimo dia do megafestival de música Rock in Rio.
Das duas horas da tarde até o começo da noite todos os olhares se voltavam para a programação de destaque, que acontecia no Palco Sunset. Apresentaram-se juntos Cidadão Instigado e Jupiter Maçã, seguidos por Tiê e Jorge Drexler. O público também viu os encontros musicais de Zeca Baleiro e Lokua Kanza e Erasmo Carlos e Arnaldo Antunes.
O show do “Tremendão” + Arnaldo Antunes, que encerrou as atrações do Palco Sunset no dia, merece um destaque especial. A música Quero que Tudo Vá Para o Inferno veio em uma versão quase heavy metal, muito diferente da original, tanto que boa parte das pessoas só reconheceram a canção quando chegou o refrão. Outra música que marcou o show foi Televisão.
A partir das sete horas da noite, os holofotes foram desviados para o Palco Mundo. O primeiro a se apresentar foi Frejat, que fez homenagens ao Barão Vermelho, Legião Urbana e Tim Maia e também interpretou músicas de Caetano Veloso e dos Paralamas do Sucesso.
Depois dele, subiram ao palco os mineiros do Skank, que fizeram seu show sem muitas novidades. Sem muitas novidades, para um grupo como o Skank, também significa grande aceitação por parte do público. Na sequencia, a banda mexicana do Maná, apesar de ser considerada “morna”, conseguiu prender a atenção do público do início ao fim.
Após o fim da apresentação, entrou em cena o Maroon 5. Chamados de última hora, graças à desistência do rapper Jay-Z, a banda tocou algumas músicas novas além dos hits já conhecidos. Destaque para She Will be Loved, que recebeu uma versão praticamente a capella por parte do público, tendo sido tocada em seguida pela banda. Oito minutos tocando a mesma música? Não pareceu um problema para os fãs do Maroon.
O show mais esperado da noite era, sem dúvidas, o do Coldplay. Os britânicos não desapontaram, fazendo uma performance movimentada e cheia de luzes. O Coldplay surpreendeu ao homenagear Amy Winehouse com um pedacinho da sua obra-prima, Rehab, e também citou uma passagem de Mas que Nada, do Jorge Ben, no finalzinho de Lost.
Dia dois de outubro. Pessoas almoçam em casa enquanto é dada a largada para a tradicional corrida de muitos metros rasos entre os portões e os melhores lugares frente aos palcos. No último dia de apresentações do Rock in Rio, passarampelo Palco Sunset The Monomes + David Fonseca, Mutantes + Tom Zé, Titãs + Xutos & Pontapés, Marcelo Camelo + The Growlers e a Banda Faluja.
O Palco Mundo contou com a presença dos brasileiros Detonautas e da cantora Pitty. A baiana, além de apresentar seus sucessos, fez um cover da música Smells Like Teen Spirit, do Nirvana.
Começaram então as atrações internacionais. O Evanescence, norte-americano, apresentou seu rock gótico e mostrou que a voz da vocalista do grupo, Amy Lee, está longe de acabar.
As duas últimas bandas a se apresentar na Cidade do Rock em 2011 foram System of a Down e Guns N’Roses. Um Axl visivelmente modificado pelo tempo comandava o Guns, que relembrou sucessos do auge da carreira, como Sweet Child O’Mine, November Rain e Welcome to the Jungle.

Assim, com gostinho de quero mais, acabou o Rock in Rio 2011. O consolo dos adoradores do festival está em 2013, ano no qual o megaevento promete voltar ao solo carioca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário